Todas estas fotos foram extraídas de sites livres de direito autoral.
Este site era voltado para assuntos técnicos na parte de clima como engenharia em geral, ou seja, era um site que motivasse engenheiros e técnicos de áreas correlatas em ter algo a ler que escapasse do comum e ordinário que eram publicados com em jornais e revistas não técnicas, porém mantivessem algum rigor científico na informação. Ou seja, mais leve que uma revista técnica, mas não leviano como as publicações em jornais e revistas correntes.
Lá por volta de 2012, apesar do número de visualizações atingisse um número relativamente alto para a sua época, passando de 200 mil visualizações, comecei a me dar conta que o assunto do clima se tornou algo extremamente politizado de uma forma totalmente desagradável para quem tem alguma formação técnica, pois quem questionava dados sobre o assunto, não questionavam os problemas e os erros que eram feitos, mas sim questionavam a CIÊNCIA. Como isto que detectei em 2012 agravou-se cada vez mais, começando a haver até questionamento da esfericidade da Terra, vi que a minha repulsa era razoável.
Como gosto que escrever, continuei a escrever primeiro no Portal Luis Nassif e por fim no GGN do mesmo jornalista. Esta escolha foi proveitosa, pois publiquei no GGN mais de 200 artigos num intervalo de aproximadamente 5 anos ou mais, porém como simplesmente propunha assuntos que eram publicados ou não conforme os humores da editoria do GGN, estes 200 artigos foram escolhidos entre quase 500 que enviei. Ou seja, mais da metade por vezes por serem artigos mal escritos ou irrelevantes foram simplesmente ignorados, por outro lado, muitos destes artigos ignorados foram retirados da lista de publicações por razões de escaparem muito da linha editorial do GGN e ficavam num Blog no meu nome.
Com a mudança do formato do site, simplesmente os artigos que ficavam no Blog e não eram aproveitados, se tornaram inacessíveis para o público em geral, ficando numa espécie de nuvem do esquecimento.
Porém o que mais me motivou a recomeçar a escrever este Blog, porém com uma linha editorial mais política do que outra coisa, foi o que li no artigo que escrevi em 16 de agosto de 2010, ou seja a nove anos que me deu TRISTEZA e vontade de encarar uma luta para nós engenheiros. Vou replicar o texto escrito no Fórum Luis Nassif e quem ler com cuidado verá o porquê de minhas palavras:
"Título: Falta de Engenheiros: Um ótimo problema para os profissionais.
Estamos na presença de um ótimo problema para os profissionais de engenharia. As indústrias vêm reclamando da falta de bons profissionais com treinamento científico na área de engenharia.
Há pouco, a CNI recamou publicamente da falta de profissionais em engenharia para ocupar os seus quadros, e a reclamação vinha com uma recomendação que a formação dos engenheiros fosse feita com um embasamento melhor em Pesquisa e Desenvolvimento, ou seja, não se quer mais alguém com simplesmente o diploma, se quer alguém que quer acompanhar o desenvolvimento tecnológico e a modernização do parque industrial.
Isto para os engenheiros é uma excelente notícia, pois como o problema não terá solução em curto prazo levará necessariamente a um aumento salarial. Durante os períodos áureos e nada saudosos da crise econômica brasileira, engenheiros de boas escolas tinham que se sujeitar a esquemas de “terceirização fajuta” para receber salários próximos ao mínimo profissional, hoje em dia o
mínimo profissional começa e ser visto como um mínimo para engenheiros sem experiência nenhuma, quase um salário de estagiário."
Este texto escrito há 9 anos mostra o que a chamada Lava Jato conseguiu fazer com a Engenharia no Brasil, de um período de crise que perdurou desde a década perdida no fim dos governos militares até os governos Collor, Itamar e FHC, a Engenharia brasileira comeu o pão que o diabo amassou, e quando esta começou a crescer, criando situações como a descrita neste texto de 2010, um curto período em que não precisávamos trabalhar como estagiários ou auxiliares técnicos mesmo sendo engenheiros formados, para que os patrões não tivessem de pagar o mínimo profissional, passamos de novo para mais um etapa de exploração das empresas da mão de obra dos engenheiros.
Quando vemos a atuação pífia e vergonhosa das nossas associações, sindicatos, conselhos de classe ou de outras organizações, vemos que durante todo o processo em que a engenharia civil, naval, petroquímica e por último a aero-espacial foi destruída ou vendida em nome de um combate a um corrupção que nunca chegou ao bolso de 99% dos técnicos e demais trabalhadores da área, porém diferentemente do que se fez ou que se faz em outros países em que empresas em que os diretores e proprietários corruptos são afastados e os empregos e a tecnologia conservada, arrasou-se tudo nas mãos de "operadores do direito" que se mostraram que eram oportunistas e carreiristas que simplesmente não tiveram o pudor de conservando seus régios salários deixados milhões no desemprego.
O que fizeram estas associações, sindicatos e outras organizações de classe, EXATAMENTE NADA, simplesmente porque fazer alguma coisa poderia contrariar os interesses dos senhores do mercado, e para que eles conservassem seus carguinhos, ficaram simplesmente mudos.
Sou aposentado e gasto muito menos do que ganho, logo tenho total liberdade de chutar as canelas de quem quiser, e posso dizer, enquanto a idade não me impedir de pensar, falar e escrever, ou um regime ditatorial seja imposto no nosso país estarei gritando o máximo possível e para isto conto com a solidariedade de todos que lerem e divulgarem este espaço, pois a luta deverá ser longa.
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