Vou contar uma pequena história que aconteceu comigo há algum tempo que talvez leve a alguma reflexão.
Tenho uma filha que tem nove anos e quando ela estava na segunda série do primeiro grau e já tinha alguma habilidade com a internet e possuia um velho computador em seu quarto (antigo, mas que lhe era suficiente).
Eu estava trabalhando quando ela me telefonou para saber se poderia ir ver televisão, como é nosso acerto, ela deve terminar todos os temas do colégio antes de começar a ver seus desenhos prediletos. Devido a isto a perguntei se ela tinha terminado os deveres, neste momento ela respondeu:
“- Todos, só um que não, preciso fazer uma pesquisa!”
Neste momento eu a perguntei.
“- Que tipo de pesquisa?”
“- Uma sobre adágios gaúchos.”
Sabendo que ela já tinha instalado o Google, lhe disse:
“- Abra a internet e escreva no Google – adágios gaúchos.”
Encerando por aí a conversa, uma hora mais tarde recebi outro telefonema.
“- Pai, achei alguns ditados, só que alguns não entendi!”
“- Quais, filha?”
Neste momento ela começou a ler os que tinha copiado no seu caderno, tais como:
“ – Gaúcho macho não come mel, mastiga abelha. Pau que nasce torto, morre torto”.
Eu a disse:
“ – Excelente, filha”.
Aí veio o terceiro.
“ – Vaca de rodeio, não tem touro certo.” (O certo seria “Vaca de campo....”).
Neste momento, parei, refleti um pouco e lhe disse.
“ – Filha, entendeste este último?”
“ – Não pai!”
“ – Filha, se não entendeste, não o ponha no teu trabalho, porque este ditado não é lá muito bom.”
Ela leu mais alguns. Alguns ela entendia, e outros que não! (logicamente por ultrapassarem sua “capacidade” e por falta do mínimo decoro).
No fim da tarde, quando cheguei a casa, tivemos uma pequena conversa, que resumida foi a seguinte:
“– Filha aprendeste duas coisas hoje, a primeira como pesquisar na internet e a segunda, e mais importante, que tudo que se acha na internet não é para ser levado a sério.”
Ela concordou comigo e termina assim uma pequena fábula doméstica (mas verdadeira) que talvez sintetize o que é a internet e qual o limite no aprendizado.
Tenho uma filha que tem nove anos e quando ela estava na segunda série do primeiro grau e já tinha alguma habilidade com a internet e possuia um velho computador em seu quarto (antigo, mas que lhe era suficiente).
Eu estava trabalhando quando ela me telefonou para saber se poderia ir ver televisão, como é nosso acerto, ela deve terminar todos os temas do colégio antes de começar a ver seus desenhos prediletos. Devido a isto a perguntei se ela tinha terminado os deveres, neste momento ela respondeu:
“- Todos, só um que não, preciso fazer uma pesquisa!”
Neste momento eu a perguntei.
“- Que tipo de pesquisa?”
“- Uma sobre adágios gaúchos.”
Sabendo que ela já tinha instalado o Google, lhe disse:
“- Abra a internet e escreva no Google – adágios gaúchos.”
Encerando por aí a conversa, uma hora mais tarde recebi outro telefonema.
“- Pai, achei alguns ditados, só que alguns não entendi!”
“- Quais, filha?”
Neste momento ela começou a ler os que tinha copiado no seu caderno, tais como:
“ – Gaúcho macho não come mel, mastiga abelha. Pau que nasce torto, morre torto”.
Eu a disse:
“ – Excelente, filha”.
Aí veio o terceiro.
“ – Vaca de rodeio, não tem touro certo.” (O certo seria “Vaca de campo....”).
Neste momento, parei, refleti um pouco e lhe disse.
“ – Filha, entendeste este último?”
“ – Não pai!”
“ – Filha, se não entendeste, não o ponha no teu trabalho, porque este ditado não é lá muito bom.”
Ela leu mais alguns. Alguns ela entendia, e outros que não! (logicamente por ultrapassarem sua “capacidade” e por falta do mínimo decoro).
No fim da tarde, quando cheguei a casa, tivemos uma pequena conversa, que resumida foi a seguinte:
“– Filha aprendeste duas coisas hoje, a primeira como pesquisar na internet e a segunda, e mais importante, que tudo que se acha na internet não é para ser levado a sério.”
Ela concordou comigo e termina assim uma pequena fábula doméstica (mas verdadeira) que talvez sintetize o que é a internet e qual o limite no aprendizado.
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